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sábado, novembro 23, 2024

O Governo Federal fornecerá auxílio aos estudantes do ensino médio inscritos no Cadúnico

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O Governo Federal, 26, lançou nesta terça-feira a iniciativa Estratégia Nacional Escolas Conectadas, uma parceria entre o Ministério das Comunicações e o Ministério da Educação, que vai fornecer acesso à internet a 138,4 mil escolas públicas até 2026.

Durante a cerimônia de lançamento, o ministro da Educação, Camilo Santana, falou de um novo incentivo financeiro que o governo pretende conceder aos estudantes do ensino médio: o auxílio mensal para que os jovens permaneçam na escola, a fim de reduzir a evasão escolar. O programa está em fase final de elaboração e nem todos os detalhes ainda foram revelados, mas já se sabe quem deve ser o público-alvo das políticas públicas – jovens de baixa renda entre 14 e 15 anos.

“Estamos finalizando o desenho, dentro das possibilidades dos recursos orçamentários existentes, tanto no Ministério da Educação quanto no Ministério do Desenvolvimento Social. Vamos usar o CadÚnico [Cadastro Individual de Inscritos em Programas Sociais] e o Bolsa Família, juntos, integrando com o censo escolar do Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira], para que possamos acessar”, disse Santana durante coletiva de imprensa.

Segundo o ministro, cerca de 7% dos estudantes do ensino médio abandonam a escola nessa fase da vida.

“A ideia é que a gente possa garantir o apoio porque quando um aluno chega no ensino médio, com 14 ou 15 anos, geralmente essa fase, diante da dificuldade da família, precisa trabalhar. Por isso, muitas vezes, um aluno sai da escola, erra muito, reprova. O ministro explicou que a ideia é prestar auxílio que será mensal e economia para que ele consiga no final do ensino médio, todos os anos.


Inicialmente, o plano é dar auxílio financeiro mensal para ajudar os estudantes com as despesas diárias e criar economias que o estudante possa resgatar para uso em projetos individuais, como abrir um negócio ou cursar uma universidade.

Em ambos os casos, segundo Camilo Santana, serão necessárias contrapartidas dos beneficiários, como frequência escolar e consentimento.

Os jovens são a maioria no CadÚnico

Segundo dados da Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Individual (SAGICAD), jovens entre 7 e 15 anos compõem o maior grupo de inscritos no Cadúnico – são 16,63 milhões cadastrados nessa faixa etária.

Dados atualizados em julho de 2023 também indicam que o cadastro usado como base para programas sociais do governo inclui 3,61 milhões de jovens entre 16 e 17 anos.

Kadonico tem atualmente 42,53 milhões de domicílios cadastrados (95,79 milhões de pessoas), dos quais 22,77 milhões (54%) estão na pobreza, 7,6 milhões (18%) são de baixa renda e 12,15 milhões são famílias com renda acima de meio salário mínimo.

Confira os números do Cadúnico 2023 por faixa etária:

  • 8.070.259 pessoas de 0 a 4 anos
  • 3.820.514 pessoas 5-6 anos [incluídas]
  • 16.630.752 pessoas de 7 a 15 anos
  • 3.614.889 pessoas de 16 a 17 anos
  • 10.941.273 pessoas de 18 a 24 anos
  • 13.335.634 pessoas de 25 a 34 anos
  • 6.434.387 pessoas de 35 a 39 anos
  • 6.371.445 pesos com idade entre 40-44 anos
  • 5.550.092 pessoas (45-49 anos)
  • 4.932.792 pessoas de 50 a 54 anos
  • 4.534.945 pessoas de 55 a 59 anos
  • 3.714.968 pessoas de 60 a 64 anos
  • 7.757.643 pessoas com mais de 64 anosNo total, segundo dados do Ministério da Educação, cerca de 40,1 mil escolas não têm a tecnologia disponível para acessar banda larga e outras 42,7 mil não têm acesso rápido ou suficiente à internet. Em pelo menos 4.600 escolas, não há sequer uma rede elétrica.

O Nordeste é a área com o maior número de escolas que terão internet de qualidade, com um total de 49.953 instituições. Em seguida está o Sudeste, com 40.365 escolas. Norte, com 20.366, Sul, com 19.826 unidades educacionais, e Centro-Oeste, com 7.845 instituições.

De acordo com o ministro da Educação, a estratégia visa não só proporcionar conectividade e distribuição de equipamentos, como tablets e computadores, mas também alinhar com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para promover o ensino da cidadania digital e adaptar a comunicação para melhorar os recursos educativos e a qualidade da aprendizagem, bem como a gestão escolar.

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