Desconto em carro 0 km: Governo anuncia subsídio que vai deixar carros mais baratos com desconto de até R$ 8 mil

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A partir de terça-feira, 6 de junho, e nos próximos 4 meses, os brasileiros que quiserem comprar um carro novo terão uma ótima oportunidade de conseguir bons descontos. Isso graças ao programa de carros populares, cujos detalhes foram anunciados pelo governo federal na noite desta segunda-feira, 5 de junho.

O anúncio foi feito por volta das 19h pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alcmen, e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Segundo eles, os descontos ficarão entre R$ 2 mil a R$ 8 mil no caso de carros. Também haverá desconto de R$ 36,6 mil para R$ 99,4 mil para ônibus e caminhões. Saiba mais abaixo.

Como funcionará o programa?

O programa terá como foco a aquisição de carros, ônibus e caminhões – com regras específicas para cada caso (confira detalhes abaixo) – e a principal medida tomada pelo governo será reduzir o IPI e o PIS/Cofins para carros em até R$ 120 mil.

Com isso, o desconto sobre o preço final ficará entre 1,6% e 11,6%. Confira as regras:

Carros
No caso dos automóveis, os descontos serão concedidos com base no cumprimento de três critérios:

  • Social (menor preço);
  • Ambientais (carros que poluem menos);
  • Intensidade industrial (predominância da geração de empregos na indústria brasileira e do uso de peças nacionais).

Segundo Alckmin, 20 marcas estão incluídas no programa. Entre eles estão opções com motor 1.0, como o Renault Quaid e o Fiat Mobi, ambos vendidos por R$ 68,9 mil atualmente, mas isso equivale a cerca de R$ 61,4 mil com descontos.

Vale ressaltar que nos primeiros 15 dias após a publicação da medida provisória, as vendas de carros com desconto serão exclusivas para pessoas físicas. No entanto, o prazo pode ser prorrogado em até 60 dias caso a demanda seja maior. Após esse prazo, pessoas jurídicas que adquirirem carros também poderão se beneficiar do programa.

Ônibus e Caminhões

No caso de ônibus e caminhões, o desconto varia de acordo com o tamanho do veículo e será usado para reposição de frota ao longo de 20 anos.

Micro-ônibus (vans) e vans terão desconto de R$ 36,6 mil. Ônibus de grande porte e caminhões de grande porte terão redução de R$ 99,4 mil. O grau de contaminação do carro também será considerado.

Para conseguir o desconto no caminhão e ônibus, o motorista precisa descartar o carro licenciado com mais de 20 anos de fabricação e enviá-lo para reciclagem. O comprador precisará apresentar um documento que comprove o destino do carro antigo para desmontagem. O valor pago no caminhão ou ônibus antigo será incluído no desconto.

No caso de um caminhão menor, por exemplo, que terá desconto de R$ 33,6 mil, a redução cai para R$ 18,6 mil se o carro antigo custar R$ 15,6 mil.

Segundo Alckmin, a inclusão de ônibus e caminhões no programa foi um pedido da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Isso porque as exigências do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conselho Nacional do Meio Ambiente (KONAMA) para modernizar os motores de caminhões e ônibus tornaram esses veículos 15% mais caros em 2023.

“Até que a taxa de juros caia”

Ao anunciar o programa, o vice-presidente Alckmin explicou que os descontos serão por tempo limitado e devem durar cerca de quatro meses, “até que a taxa de juros caia”.

No entanto, mais tarde, Haddad acrescentou que o programa pode acabar mais cedo se a demanda for maior do que o esperado e o crédito fiscal de R$ 1,5 bilhão para financiar o programa se esgotar antes do prazo.

O programa de reposição de frota será financiado por incentivos fiscais e deduções concedidas pelo governo aos fabricantes em futuros pagamentos de impostos. Em troca, a indústria automotiva prometeu repassar a diferença ao consumidor.

Alckmin explicou que está prevista a utilização de R$ 700 milhões em incentivos fiscais para a venda de caminhões, R$ 500 milhões para carros e R$ 300 milhões para caminhões e ônibus.

Para compensar a perda de arrecadação, Haddad explicou que o governo pretende cancelar parcialmente a isenção sobre o diesel, que valerá até o fim do ano. Dos R$ 0,35 do Programa de Integração Social (PIS) e da contribuição para o financiamento da seguridade social (Cofins) que atualmente estão zerados, R$ 0,11 serão recarregados em setembro, após noventa, prazo de 90 dias estabelecido pela Constituição para aumentar as contribuições federais.

Segundo Haddad, um desconto parcial em 2023 ajudará a aliviar as pressões inflacionárias em 2024.

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