De tempos em tempos fala-se na liberação do salário 14º do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A primeira versão do projeto de lei que leva ao pagamento do benefício foi apresentada em 2020. Espera-se que por meio desse abono aposentados e pensionistas possam se beneficiar de renda adicional.
O PL 4367/2020 foi apresentado pelo deputado Pompeo de Matos (PDT), com o objetivo de pagar o décimo quarto salário do INSS referente a 2020 e 2021. Seria como um abono compensatório esperar o décimo terceiro salário nos anos mais difíceis com a pandemia de Covid-19. O décimo terceiro era esperado pela primeira vez em 2020, com o objetivo de aquecer a economia.
A antecipação também surgiu com a intenção de dar algum tipo de comodidade financeira aos idosos e àqueles que dependem do INSS. Acontece que, com o progresso, milhões de pessoas ficaram desamparadas no final do ano sem liberar crédito como tradicionalmente acontecia. Diante disso, surgiu o projeto de lei com o objetivo de pagar o salário 14° a esse público.
O valor fornecido pelo décimo quarto salário do INSS não se destina a ser equivalente ao décimo terceiro salário, que paga até 100% do que o aposentado recebeu no ano passado. Mas, ao contrário, vai liberar um salário mínimo de pelo menos um salário mínimo e no máximo dois salários mínimos para quem tem renda que pode atingir o teto. No entanto, um projeto precisa de aprovação para ser efetivo.
Há oportunidades para pagar o salário número 14º do INSS?
O projeto de lei que leva ao 14º salário do INSS chegou à Câmara dos Deputados em agosto de 2020. Apesar da liderança entre os deputados, em junho de 2022, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), retirou a proposta da pauta e a encaminhou para análise de uma comissão especializada. Com isso, todo o processo de tramitação do projeto teve que começar do zero.
Agora, há uma série de etapas pelas quais o texto precisa passar, talvez para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva endossar. Conforme análise e aprovação dos deputados, segue encaminhamento ao Senado Federal, que também deve analisar, votar e aprovar o texto. Por fim, a punição do presidente que pode ou não aprovar a medida.
O orçamento anual previsto para o INSS não prevê despesas adicionais para pagamento de salários 14º. Portanto, embora haja um comprometimento de aposentados e pensionistas para que a liberação ocorra, as chances são muito baixas.