Em fevereiro deste ano, o governo federal realizará um pente fino naqueles cadastrados no Bolsa Família. A análise será realizada de acordo com os dados inseridos no registro único, a fim de encontrar famílias fraudulentas ou pequenos grupos e indivíduos que recebem o direito sem atender aos requisitos necessários.
Famílias em risco
De acordo com o ministro do Planejamento, Simon Tippt, o pente fino foi chamado de “justiça social”, porque visa excluir aqueles que recebem o benefício indevidamente. O foco do processo está nas famílias unipessoais, ou seja, aquelas que consistem em apenas uma pessoa.
O interesse se deve ao aumento significativo desse tipo de grupo familiar no ano passado, durante a implementação da ajuda brasileira. O número de domicílios unipessoais chegou a 6 milhões em 2022. As famílias são suspeitas de serem desmembradas para que mais de uma pessoa do mesmo grupo possa receber ajuda, o que é proibido.Quem não receberá o benefício ?
De acordo com o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, mais de 10 milhões de beneficiários sofrem irregularidades em seu cadastro. Assim, antes do relançamento do Bolsa Família, espera-se que as gravações sejam revistas, para que permaneçam apenas aquelas que atendem aos requisitos.
Os benefícios serão suspensos nos seguintes casos:
- Exceder o limite de renda por pessoa no domicílio (de R$ 105 para R$ 210 por pessoa);
- Famílias que têm crianças e/ou adolescentes que abandonaram a escola;
- Os membros do grupo têm dados desatualizados no único registro.
- Pessoas que foram chamadas para apresentar documentos que não compareceram ao CRAS.
As prefeituras estão procurando ativamente por famílias indocumentadas. Com isso, as notificações são emitidas por meio do extrato de pagamento do bolsa família, por cartas e também na Caixa Tem.
Os selecionados devem comparecer ao CRAS portando documentos de identificação para todos os membros da família e documentos que comprovem a necessidade e adequação dos requisitos para a obtenção do direito.