Após sete anos de queda, o número de infecções por HIV entre homens voltou a crescer no Brasil em 2021. Foram registrados 12.511 diagnósticos pelo Ministério da Saúde, um aumento de quase 8% em relação a 2020.
Os principais atingidos são os pretos (pretos e pardos, segundo a definição do IBGE), respondendo por 7.313 (58,5%) do total. O número de homens brasileiros mortos pela doença também aumentou: 7.613 mortes nesse período, um aumento de 363 em relação a 2020.
Declaração
Os negros compunham a maioria, com 59%, ou seja, para cada dez brasileiros que morreram de Aids no ano passado, seis eram negros.
Em 2011, a maioria dos diagnósticos soropositivos foi detectada em homens brancos, que totalizaram 46,1% do total, contra 45,1% de pardos e pretos.
De acordo com a Secretaria de Saúde, entre 2010 e 2020, houve uma queda de 10,6 pontos percentuais na mortalidade de brancos e um aumento de 10,4 pontos percentuais na mortalidade negra.
Dados do Ministério mostram que, em dez anos, houve uma queda de 18,5% nos diagnósticos gerais. Entre as mulheres, a queda foi acima da média, com os casos caindo 37,3% em 2021 em relação a 2011. Entre os homens, o declínio foi de apenas 7,2% no mesmo período.
Prevenção
Além do uso de preservativos, a profilaxia pré-exposição (PrEP), um comprimido que previne a contaminação em caso de possível exposição, deve ser tomada em casos de comportamento de risco, e a profilaxia pós-exposição (PEP), um comprimido que pode ser tomado por até 72 horas após a exposição ao HIV, também é uma opção para se proteger do vírus.