Ministro de Lula aprova combustível que poderá entupir o motor do seu carro

 

O Ministério de Minas e Energia avançou e concordou em aumentar a venda de diesel com teor de biodiesel de 10% para 12% (diesel B12) a partir de 1º de abril. No entanto, a aprovação foi considerada desrespeitosa com os consumidores, já que o ministério ignorou regras próprias que exigem diversos testes para aprovar um novo combustível.

Assim, o CNPE publicou a decisão no final de março, sob pressão dos produtores de biodiesel, com o apoio da Bancada do Congresso. No entanto, a ANP anunciou as novas exigências para o diesel B12 apenas no dia 4 de abril. No entanto, só será válido a partir de 4 de julho.

Assim, até o início da exigência da ANP, os veículos serão abastecidos com diesel B12, combustível que tem se mostrado um problema para os motores. Isso porque ele tem baixa estabilidade, absorve umidade, causa borra no fundo de tanques e entope motores. Além disso, por ter menos energia que o diesel, aumenta seu consumo e, consequentemente, as emissões de gases poluentes.

O aumento do biodiesel já causou polêmica em 2021

Para quem não se lembra, o diesel já recebeu 13% de biodiesel em 2021, fazendo com que os motores de milhares de caminhões, SUVs, máquinas agrícolas e outros carros e eletrodomésticos que utilizam esse combustível ficassem travados devido ao entupimento da lama. Além disso, o biodiesel custa o dobro do diesel, o que leva a um aumento no seu preço.

Com isso, o diesel B10 voltou a ser utilizado, já que o percentual de 10% não causa muitos problemas. Em relação ao diesel B12, o teor de mais de 10% é condenado pela CNT (União Nacional dos Transportes), Fecombustiveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes), IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás) e muitas outras entidades que se posicionaram contra.

Como a exigência da ANP só será válida a partir de 4 de julho, não há tempo hábil para testar o novo B12. Além disso, a aprovação também prejudica o uso de notas mais altas, que podem chegar a 15% até 2026.

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