O governo federal editou um novo decreto para aumentar a segurança dos brasileiros em relação aos seus documentos. O Decreto 10.977/2022 foi editado com o objetivo de implementar as mudanças na nova Carteira Nacional de Identidade (CIN), padronizando os dados dos cidadãos brasileiros, utilizando o número do CPF como registro único. Assim, o procedimento já é válido para todos os cidadãos portadores do Cadastro Público (RG) com as pontas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 0.
O CIN foi criado com o objetivo de padronizar o documento nacional, sendo o mesmo para todo o país. A principal mudança trazida é o uso do CPF como identificação única, possibilitando a verificação eletrônica da autenticidade por meio de um QR code impresso no documento. Segundo o governo, o documento já pode ser solicitado nas 27 unidades federativas.
Antes, os brasileiros podiam ter até 27 números de identificação diferentes, onde cada unidade federativa podia emitir um RG com números diferentes. Com isso, as chances de fraudes e crimes contra a segurança aumentaram. A padronização de dados no CPF surgiu como forma de aumentar a segurança da informação para os brasileiros.
Sou obrigado a emitir o CIN?
A primeira versão do CIN é gratuita para todos os brasileiros. No entanto, a troca de documentos não é obrigatória no momento, já que as carteiras de identidade antigas são válidas até 28 de fevereiro de 2032. Com isso, a nova carteira de identidade deverá ser emitida gradativamente, à medida que os documentos antigos forem vencendo.
De acordo com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), a CIN já foi emitida para 3 milhões de brasileiros. O documento tem um prazo de validade que muda de acordo com a idade do cidadão, nomeadamente:
- Até 11 anos: validade de 5 anos;
- Entre 12 e 59 anos: validade de 10 anos;
- A partir de 60 anos: validade indefinida.
Como disse a ministra da Administração e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, em entrevista à Agência Brasil, “a versão digital do CIN, que contém um código QR, dará acesso a informações sobre o cidadão e também possibilitará a integração com outros documentos, como a carteira de motorista digital. No futuro, teremos outros documentos focados em GOV.BR.”