O presidente Luiz Inácio Lula da Silva identificou a redução das filas para o Sistema Único de Saúde (SUS) como uma das prioridades do governo. Para aumentar a oferta de procedimentos médicos, o Ministério da Saúde anunciou uma doação de R$ 600 milhões para províncias e municípios no final de janeiro.
O decreto que estabelece a transferência especifica que os recursos serão destinados para aumentar o número de cirurgias eletivas realizadas nos próximos três meses.
“A fila cresceu tanto durante a pandemia que vamos começar com a cirurgia, que é uma iniciativa federal importante. O maior valor de investimento anual para esse tipo de demanda foi de R$ 300 milhões. Oferecemos o dobro do valor”, explicou Helvisio Magalhais, secretário do atendimento especializado de massas.
De acordo com Magalhães, essas informações são descentralizadas e fragmentadas, por isso não há dados exatos sobre quantas pessoas estão aguardando ação nas redes públicas. No entanto, estima-se que entre 1 milhão e 2 milhões de cidadãos estejam aguardando cirurgias não urgentes no SUS.
O ministro disse ainda que as medidas para reduzir as listas de espera também vão incidir na identificação dos números locais e na prestação de mais transparência à população.
“Vamos desenvolver novos dispositivos para que os cidadãos possam interagir com a fila.”
Plano Estadual
Os Estados devem apresentar um plano de alocação de recursos no prazo de 30 dias a contar da publicação do decreto. Este documento deve detalhar o tamanho estimado da fila para cada tipo de ação, o serviço de saúde que recebe contribuições, a meta de redução de espera e o cronograma de implementação.
O ministro explicou que o ministério não decide que tipo de cirurgia deve receber uma contribuição adicional, já que cada região tem demandas diferentes. “Sabemos que o câncer e a ortopedia abdominal e ocular devem ser prioridade em todos os estados, mas isso é responsabilidade de cada estado”, disse.
Um terço do valor esperado passa imediatamente após a apresentação do plano estadual. “Essa é uma novidade histórica para o SUS, poder transferir parte dos recursos com antecedência e monitorar o tamanho das filas previstas em cada estado para que essa redução possa ser avaliada”, concluiu o ministro Magalhães.
O Ministério da Saúde também vai introduzir novos encaminhamentos para reduzir o tempo de espera para testes de diagnóstico, que devem ocorrer em junho. A próxima fase se concentrará na fila de consultas especializadas, mas as datas de contribuição ainda não foram agendadas.