A cédula de R$ 200, criada há quase três anos, tem sido alvo de severas críticas e raramente é vista pela maioria da população brasileira. Apesar do tempo em circulação, ainda é a nota menos usada no país, atrás apenas da nota de R$ 1, cuja produção cessou em 2020.
Nota polêmica de R$ 200 no Brasil: três anos de dinheiro e baixa circulação
Com o mesmo tamanho de uma cédula de R$ 20, a nova cédula enfrentou críticas de associações que defendem os direitos das pessoas com deficiência visual. Isso porque distinguir as cédulas pelo tamanho possibilita que essas pessoas as identifiquem.
Diante disso, a situação foi transferida para a Procuradoria-Geral da Federação pela Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB), dando origem a uma ação contra o Banco Central. Por isso, foi feito um pedido oficial para a coleta de cédulas, mas ainda não foi apresentado, segundo informações oficiais.
Lançamento da cédula de R$ 200 e demanda por dinheiro
Segundo informações oficiais, em julho de 2021, o Banco Central anunciou o lançamento da nova cédula, aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Assim, a justificativa foi aumentar a prática de entesouramento após o surgimento da pandemia da COVID-19. As pessoas passaram a guardar mais dinheiro material em casa, o que exige uma nota de maior valor.
Perspectivas econômicas não atendidas
No entanto, a dinâmica econômica não seguiu as previsões do Ministério da Economia. Apesar de ter boa circulação, o poder de compra dos brasileiros não aumentou como o esperado, deixando a nota de R$ 200 estagnada nos cofres públicos e bancos.
Além disso, a escolha de um tamanho não convencional para a observação levou a dores de cabeça desnecessárias. No entanto, o banco central não quis parar a produção de outras notas para abrir espaço para a nova, embora fosse sua ideia.
Além disso, o método de confecção das cédulas de R$ 100 não incluiu a inclusão dos elementos colaterais na cédula de R$ 200, como acontece em todas as outras cédulas.
Adaptação do processo produtivo
Diante desse desafio, o Banco Central optou por utilizar máquinas que produzissem a nota de R$ 20. No entanto, houve uma mudança no sinal tátil da nota de R$ 200, onde esta é representada por três linhas diagonais, enquanto a nota de R$ 20 é produzida com apenas duas linhas. Dessa forma, o Banco Central acreditava que essas inscrições características seriam suficientes para que as pessoas com deficiência visual pudessem distinguir entre elas.
Risco limitado de comércio e contra falsificação
Embora todas as cédulas tenham sido emitidas e entregues ao Banco Central em 2020, apenas 28,4% das cédulas produzidas no valor de R$ 200 estavam em circulação. Isso equivale a 128,1 milhões de cédulas, com valor total de R$ 25,6 bilhões.
No entanto, o restante permanece armazenado no banco central, tornando o papel um alvo fácil para falsificadores. Até abril deste ano, mais de 13.609 papéis falsificados no valor de R$ 200 foram interceptados, totalizando R$ 2.721 milhões. Assim, a cédula de R$ 200, apesar de existir há quase três anos, ainda é pouco vista e criticada por diversos setores da sociedade.
Vários fatores afetam o fluxo negativo de uma nota de R$ 200
Associações que defendem pessoas com deficiência visual questionam a falta de discriminação por tamanho. Além disso, a dinâmica económica não correspondeu às expectativas, deixando as notas estagnadas nos cofres.
Portanto, o banco central enfrentou desafios de produção e a falta de circulação de notas o tornou um alvo fácil para os falsificadores. Resta saber qual será o futuro dessa polêmica cédula no cenário monetário brasileiro.
Certamente, a tendência é que essa observação seja colhida por negligência. Devido ao seu alto valor no atual momento econômico do país, a cédula de R$ 200 não entrou em circulação nacional em uma faixa ampla e rotineira. Uma vez que, além dos fatores mencionados, essa nota também dificulta a mudança no comércio.