O estado do Paraná concordou recentemente com um grande reajuste de seu terreno territorial, conhecido por ser o maior salário mínimo do Brasil. Esta alteração, retroativamente até 1 de janeiro de 2024, visa proporcionar um aumento real para os trabalhadores de várias categorias. O Decreto 4770/24, assinado pelo governador Carlos Massa Ratinho Jr., entrou em vigor após deliberações do Conselho Estadual de Trabalho, Emprego e Renda (CETER), refletindo uma política em curso de estimativa do salário mínimo do estado.
Com o novo decreto, o mínimo regional ficou entre R$ 1.856,94 e R$ 2.134,88 mensais, valores que contrastam significativamente com o salário mínimo nacional de R$ 1.412, resultando em um aumento que pode chegar a 51% a mais. Esse avanço beneficia principalmente o setor de serviços, que responde por grande parte do mercado de trabalho paranaense.
Como foram definidos os novos valores do piso territorial?
Os novos valores para o piso regional no Paraná foram apurados com base em reajustes no salário mínimo nacional e inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que registrou alta de 3,71% no final de 2023. O processo de identificação seguiu um método democrático, no qual participaram representantes dos trabalhadores, empregadores, governos estaduais e federal, garantido pela lei estadual nº 21350/23.
O reajuste médio foi de cerca de 6%, e as categorias ocupacionais cobertas por esse piso incluem trabalhadores cujas ocupações não possuem acordos coletivos ou legislação específica para determinar seu salário base. Assim, esse piso também serve de referência para negociações salariais em diversas outras categorias.
Quais são as faixas salariais do Piso Regional Paraná?
O reajuste do piso regional no Paraná inclui quatro faixas salariais diferentes, cada uma delas reservada para grupos específicos de profissionais de acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações. Esses domínios incluem:
- Faixa 1: Para trabalhadores da agricultura, silvicultura e pesca, o piso é de R$ 1.856,94.
- Faixa 2: Inclui serviços administrativos e comércio, mínimo de R$ 1.927,02.
- Faixa 3: Trabalhadores da indústria de bens e serviços nessa faixa, com piso de R$ 1.989,86.
- Faixa 4: Para técnicos de nível médio, o salário é de R$ 2.134,88.
Esses valores não apenas refletem a inflação e o custo de vida regional, mas também servem como incentivo para a negociação coletiva.
Qual o impacto do novo piso regional no mercado de trabalho paranaense?
O novo piso regional do Paraná é um elemento-chave para manter a baixa taxa de desemprego do estado, que se reflete no crescimento de 87,6 mil vagas formais em 2023, segundo dados do Caged. Essa motivação se deve em parte à política de estimativa salarial do Estado, que está alinhada com os esforços de treinamento vocacional fornecidos pelo governo estadual.
Além disso, 77% dos municípios paranaenses reportaram saldos positivos na geração de empregos, destacando o impacto do piso na dinâmica econômica regional. No contexto nacional, o Paraná é o maior empregador da região Sul, consolidando-se como um dos países líderes em oportunidades de emprego no Brasil.
Essas medidas, ao aumentar o poder de compra dos trabalhadores, mantêm um ciclo de aquecimento econômico, que beneficia diretamente o bem-estar das famílias e a vitalidade econômica do Estado.